Mudei para uma bela caixa de papelão com vista panorâmica para a praça da cidadezinha onde moro.
Tenho lutado ferozmente com cães e outros refugiados da crise por mingalhas de pão e belas pelancas.
Mas eu não desisto e por isso, como bom solteiro imprestável que sou, decidi fazer o mais sensato ato de razão e lógica em uma situação de desepero tamanha que para postar aqui hoje tive que me desvencilhar de algo que jamais pensei em abandonar, algo que nasceu comigo e se manrinha imaculado bem lá onde o sol não bate: a dignidade. Era uma bela gata mas a necessidade falou mais alto.
Churrasquinho pronto, ganhei uns trocados e aqui vai a solução dos meus, dos seus, dos nossos problemas: virar ator da Malhação!
Não precisa nem ser bom para participar daquela troça! Mas também não vamos esculhambar a bagunça inteira.
Para ajudar nessa pedregosa jornada aí vão, saídas diretamente da desnecessária qualidade (vejam o orkut dela BEM AQUI para confirmar que ela atende aos pré-requisitos básicos para entrar na cena televisiva nacional) da mais que ela mesma: Carolina Areias.
Essas dicas foram retiradas sem autorização prévia de uma apostila secreta sobre artes cênicas que apareceu na minha casa acompanhada de uma fumaça e forte cheiro de enxofre.
Bem, jovem aprendiz de ator, siga essas dicas e leve menos esporro dos diretores em suas peças escolares.
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- Não dar as costas para a platéia, a não ser que seja intencional;
- em cena não esconder atraz do amigo e nem emcobrio-lo;
- em cena, não observar seus companheiros atuando e nem platéia na ausência de fala para seu personagem;
- não esquecer que,mesmo sem falas, o personagem está atuando;
- não perder as "deixas" do texto;
- não machucar o companheiro em cena, aprenda a usar sua força;
- não "metralhar" ou gritar o texto, buscar sentido e intençao para as falas e ações;
- não ter medo do palco, aprender a vencê-lo;
- não falar ao mesmo tempo que o companheiro;
- não depender do cenário, figurinos ou adereços para atuar, eles são complementos da arte do ator;
- aprender a vivenciar os fatos, não só narrá-los;
- perder o medo do RIDÍCULO;
- não ter medo nem malícia ao tocar o corpo do companheiro;
- não correr os olhos a esmo, e sim fixá-los no olhar do companheiro com quem está contracenado;
- em cena, estar atento ao o que o companheiro está falando e fazendo;
- não andar para lá e para cá sem uma intenção precisa;
- agitar-se não é agir em cena;
- aprenda a se livrar de gestos, posturas, trejeitos e modos de falar que são do ator e não do personagem;
- evite os clichês, busque novas opções para expressar o personagem;
- respeitar o trabalho do companheiro;
- aprender a ouvir o que o grupo tem dizer de você;
- não confundir "pausa" com "vázio";
- aprender o que é foco e trabalhar com ele;
- gostar de se expor, porém sem estrelismo;
- aprender a usar o espaço cênico;
- aprender a criar os climas que as cenas exigem;
- deixe-se livre para criar, sem se fixar nessa ou naquela maneira de atuar;
- LEMBRE-SE: A PARTE MAIS MARAVILHOSA DO TEATRO E AQUELA NA QUAL VOCÊ SE REALIZA.
Saudações Teatrais.
Carol Areias
Professora de Teatro
"Professora de Teatro
Duvidas e sugestões encham a paciência da Carol (BEM AQUI).
Quebrem a perna!
3 comentários:
ual! Que legal. Achei massa. Mas ainda quero o conto da cabroxa.
eu posso saber o que e isso?
E nunca se esqueçam a melhor parte do teatro e a diversão que você trás a platéia e a si mesmo e a seus companheiros.Um grande abraço.
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